raiva

as vezes

ela ainda

sente

o gosto

amargo

do fel

do veneno

que desce

queimando

a garganta

a faca

que crava

o coração

que sangra

o ciúme

incontido

a raiva

do destino

do efêmero

a raiva

da poesia

alheia

a raiva

do esquecimento

o esquecimento

alheio

Mô Schnepfleitner

08/09/2013

MS Vagalumeando
Enviado por MS Vagalumeando em 17/05/2016
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