raiva
as vezes
ela ainda
sente
o gosto
amargo
do fel
do veneno
que desce
queimando
a garganta
a faca
que crava
o coração
que sangra
o ciúme
incontido
a raiva
do destino
do efêmero
a raiva
da poesia
alheia
a raiva
do esquecimento
o esquecimento
alheio
Mô Schnepfleitner
08/09/2013