O terror é belo

Das noites que estão aí, paradas,

em si e com seu ser,

Que é meu,

que está em mim,

que é causa do meu ser e que cansa meu saber,

meu ser, seu, eu,

O terror e a noite de ver

A noite pura, ter:

Bela, visível do nada,

em nada,

embaraçoso até onde se alcança:

a dança,

o dizer

o Ser.

Soldado de si mesmo, noturno

E como a noite, vizinho de mim, delirante,

por onde mais palavras alcançam?

dizer! sentir! saber! limitadas.

Completamente limitadas, como a noite,

que é noite

e que nunca é dia,

pois é noite,

particularmente em mim.

viciada no meu hábito, de viver presa a mim,

absurdo de meu ser,

por ser,

determinado de tal modo.

E é Jogando e chorando.

pelo desdém de não saber: sofrer, rir, e chorar.

Um ciclo viciado,

chorar e se lavar, ter a alma lavada:

Atenda!

Se eleve à porta, continue, grite!

Quantos agudos! Estrondos! Agonia!

Toda natureza age, pare!

dentro e fora,

de mim e de outros,

no ver e no sentir:

Sou eu e sou ela, e sou eu

Do deus que é a terra,

cante!

brave!

seja escuro e seja claro.

Delicada imperfeição: simples, simples, o mais simples de si mesmo, "sssssssss".

Pingado
Enviado por Pingado em 19/05/2016
Reeditado em 19/05/2016
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