Âncora Deixada na Praia

Outrora, eras o consolo de um grande navio,

Quantos portos já contemplaste no mundo,

Quantas décadas serviste passivamente,

Agora estás aí, abandonada, enferrujada,

Escurecida com a maresia e com as chuvas,

O teu reduto agora são as areias da praia,

Habitas próxima à linha d'água, na maré baixa,

Às vezes, és castigada perante as ondas,

Mas estás aí, em pé, tal qual um guarda,

Que toma conta da natureza circundante,

Como seria bom se tivéssemos uma âncora,

Para nos segurar nos momentos turbulentos,

Impedindo-nos de cometer os erros da vida,

Contudo, somos todos barcos abandonados ao vento,

Vivemos à deriva dos nossos impulsos e sentimentos,

E nem todo mundo possui uma âncora chamada:

Prudência.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 20/05/2016
Reeditado em 20/05/2016
Código do texto: T5641562
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