* Colossais *
"...No incalculável vazio que corta imensidões,
Eu observo o silêncio.
Estradeiros caminham em direção ao tudo.....Ao nada!
Nada que leve o peso de suas cargas.
Ao tudo que transborde vida em suas procuras.
Almeja-se o passo,
Almeja-se o cume da montanha...
Um querer de ondas quebrando por sobre os pés.
E ao longe, na menina dos olhos....
Se faz o horizonte,
Desejando a luz do teu pôr do sol.
Na areia deixo meus passos,
Rastros,
Corpos,
Lembranças....
Conchas.....( Por ora e horas, me fecho nelas ).
Casulo minha alma,
Em casulos de borboletas azuis.
Fechada em minhas lembranças onde tudo se fez...
Onde nada ficou!
Resta-me apenas a certeza do que sobrou!
Eu!
E eu sou!
Sou aquilo que me convém,
Sou o amor infinito ditado em estrelas.
Nada me refugia,
Apenas a sombra de um passado......Distante!
Hoje me faço em instantes.
Prendo-me a Colossais.
Descarto de vez ditadores.
Nada dizem!
Tudo sabem(?)
Pobres bossais.
E na fagulha do fogo que me queima,
Sou a chama que arde na ponta da flecha.
Acerto o alvo.
Mirante...
Onde meus olhos alcançam as metas.
Em objetivo único ...
A direção exata de minha mira...
A seta!..."