Fim de jogo...

Fim de jogo...

Fim das noites vazias...

Das horas de solidão companhia

Fim da espera por mudanças

Eram na verdade vã esperanças

Fim das lágrimas perdidas no tempo

Pausa na vida de tanto sofrimento

Fim da constante imaginação fértil

Não quero mais meus sentimentos dispersos

Fim das indecisões de se ter uma vida em comum

Descobri nesse tempo que nunca fomos “um”

Eu era plural você sempre foi singular

Em toda vida não aprendeu a me amar

Fim de querer o infinito contigo

Nunca houve eternidade nem abrigo

Me enganei com suas palavras

Foram só faladas nunca consagradas

Fim deste cansaço infinito de acreditar

Com você nunca parecia que isso ia mudar

Fim das promessas quebradas

Não me iludo mais com conto de fadas

Fim do amor que só foi meu

E que agora simplesmente morreu

Fim de jogo não aperte mais o play

Porque o sentimento acabou de vez.

Valéria Lopes