Ensaio sobre as coisas paradas

Ainda está parado; as coisas paradas,

Minúsculo tempo arado, Kali, Sara e Esmeraldas.

Da essência que sente de quem está longe, meu amor.

Pelo deserto, parado te quis perto,

Hoje é certo, móvel irrelevante, toque discreto.

Parado Roberto ou dentro do quarto, meu amor.

Silêncio perene, meninê me acene

Isto treme, Irene

Sorvete de creme, Lorraine, meu amor.

Fotografia do beijo na boca,

Ó fia, filosofia de saudade oca,

Nada é tão sério, não tiro a touca, meu amor.

Sol que brilha no tarô, voz de Rorô.

Tuntz do funk melô, circulado de fulo.

Deus ao elo dará, meu amor.

Golpeou a vida, engoliu seus filhos, ó Saturno,

Dormia em tempo diurno, tal ser noturno.

Via tudo doutro turno, meu amor.

Chegava-se próximo às águas,

Dos mares, profundas mágoas.

Na areia perto das águas, meu amor.

Esta felicidade é a realidade.

Diz-se não ter idade, cumpadi

Liberdade me invade, meu amor.

Ainda parado, Deusa da vida,

Filho de Cida, voltar é a ida.

Gaia, gratidão pela comida, meu amor.

Matheus Di Oliveer
Enviado por Matheus Di Oliveer em 29/05/2016
Código do texto: T5650738
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