JURAS ETERNAS

São mil juras de amor

Como essa que sua voz me traz

Capaz de abrir no peito um vão!

E vazar partículas no ar...

Pudera o pouso à tarde no galho

Fosse o teor da outra metade,

Meu seio tornas eia ninho

Dar teia meu amor, passarinho.

A dor que persiste solidão

Pudesse arrancava com as mãos

E ao invés doutras jura fugaz

Daria a esse amar vazão

Foi-se junto com o fim de tarde

E por não saber aceitar

Ordeno ao meu peito calar-se

Restando-me apenas ausência

Desvairamento do Ser acorde razão

Me poste com os pés no chão

E findará as evasões

menção doutra ilusão...

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 03/06/2016
Reeditado em 04/06/2016
Código do texto: T5656208
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