Quem toma do Cálice?

No gatilho daquela arma

existem facas.

Do mesmo jeito que nessa.

Lá naquele lugar

tem cabeças,

Que nem tem aqui.

Lá eles veem vocês.

E aqui vocês veem eles.

Seria um espelho?

Não sei, pergunte ao superior.

Lá também eles se perguntão

a mesma sentença.

E também cultivam essa sentença,

Como carrascos com suas foices.

Tudo é um cara ou coroa.

Tudo depende de que lado caí a moeda,

Tudo depende de quem te ensinou a jogar,

E de ver de que lado é bom,

Ou de que lado esta a sorte.

Mas se sabe que no fim,

as mesmas idéias rolam.

E a briga, se torna de quem quer a moeda.

Aí amor vira ódio,

E o ódio vira amor,

Do mesmo jeito que sangue virá vinho,

e vice-versa.

Mas no fim

quem toma do cálice, nem percebe

que o vinho é tanto do Cara quanto da Coroa.

Thomas Wells Loyst
Enviado por Thomas Wells Loyst em 04/06/2016
Código do texto: T5657023
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