O Sonho da Chuva
Eu vesti a roupa da chuva e chovi minha essência sobre nós,
Sentei-me diante do mundo e despertei a minha voz,
Soltei os cabelos, os choros dos calados à sós,
Reinventei vidas nas lidas cotidianas,
Corrompi a Carmem e todas as suas Mirandas, somos seres-ciranda.
Volte aqui, meu amor, e perceba que nós existimos dentro da paz,
Existimos nos cantos ocos universais,
Porque o que existe agora não volta nunca mais.
É como agradecer por existir e desistir de fugir
Do amor, da sorte, da morte e da paz.