Eu vejo Moisés Viana Chorando

Coronéis. Revolveres.

Um faroeste em Santiago do Boqueirão.

Nas terras aonde quem não é bandido, é ladrão.

Aonde quem nega aos coronéis, é tido como cão,

E com balas, a Justiça fraca, já se vai ao chão.

Até aonde vai esse problema?

Esse que começou na sua infância.

Esse que você nega com estandartes.

E como um problema nega a si mesmo?

Eu vejo, agora, com meus olhos,

Moisés Viana em seu caixão.

E lá, ele chora; vendo o que não adiantou,

O que com tanta fé, lutou.

E as flores da Vila Flores,

Novamente se tingiram de negro,

Para o póstumo e não concluído,

Velório da nossa Justiça.

Thomas Wells Loyst
Enviado por Thomas Wells Loyst em 15/06/2016
Código do texto: T5668438
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