Eu vejo Moisés Viana Chorando
Coronéis. Revolveres.
Um faroeste em Santiago do Boqueirão.
Nas terras aonde quem não é bandido, é ladrão.
Aonde quem nega aos coronéis, é tido como cão,
E com balas, a Justiça fraca, já se vai ao chão.
Até aonde vai esse problema?
Esse que começou na sua infância.
Esse que você nega com estandartes.
E como um problema nega a si mesmo?
Eu vejo, agora, com meus olhos,
Moisés Viana em seu caixão.
E lá, ele chora; vendo o que não adiantou,
O que com tanta fé, lutou.
E as flores da Vila Flores,
Novamente se tingiram de negro,
Para o póstumo e não concluído,
Velório da nossa Justiça.