Somos hóspedes do tempo,
Não donos dele.
 
Vestimo-nos dele
Enquanto nos cabe,
Até que nossa veste
Passe a servir outro corpo.
 
Não há tristeza em se estar morto,
É apenas um riso sem rosto
Que se tornará o reflexo
Do que foi a vida.
 
Ah, quanta beleza em nossos sonhos!
Sejamos eternos, enquanto pensarmos...
 
E tudo o que nós amarmos
Sempre seja presente
Nas horas ausentes.
 
Caminhamos muito
Até chegar ao topo
E de cima podemos avistar
Que tudo nessa vida pode voar,
Basta a imaginação.
 
Que o coração seja
A máquina que nos movimenta
Para qualquer ponto ou destino   
Que ao palpitar nos orienta.
 
Não existirá o longe ou o nunca,
Não sucumbirá aquele que crê
Que não é o movimento que nos leva
E sim o que deixamos sobre a terra.
 
Nossa vida nunca se encerra
Enquanto formos história.
 
A memória passará
De um para o outro,
Até o dia em que o outro
Tomará o lugar
Do outro, do outro...
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 20/06/2016
Código do texto: T5673359
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