poema ruim II
|Alguns me chamam misterioso
Quando sou todo revelação
Entrego minhas alegrias num sorriso
Minhas dores num olhar
Meus sonhos num frase vaga
Transcrita nas pregas dos meus dedos
Está toda minha genealogia
No banzo dos meus olhos
Reinam a mãe-preta e o cabloco
Meus ossos querem cindir a pele
Migrar por aí
Povoar outras latitudes
Não lhos permito serem nômades
Pois meu corpo pede abrigo
E se esconde, aflito
Não me escondo
Mas me reservo
Espero que me compreedam
Que compartilhem da minha paciência
Saibam abraçar minha parcimônia
Entrevenham no meu ar blasé
O universo sagrado do ser eu|