poema ruim II

|Alguns me chamam misterioso

Quando sou todo revelação

Entrego minhas alegrias num sorriso

Minhas dores num olhar

Meus sonhos num frase vaga

Transcrita nas pregas dos meus dedos

Está toda minha genealogia

No banzo dos meus olhos

Reinam a mãe-preta e o cabloco

Meus ossos querem cindir a pele

Migrar por aí

Povoar outras latitudes

Não lhos permito serem nômades

Pois meu corpo pede abrigo

E se esconde, aflito

Não me escondo

Mas me reservo

Espero que me compreedam

Que compartilhem da minha paciência

Saibam abraçar minha parcimônia

Entrevenham no meu ar blasé

O universo sagrado do ser eu|

Luiz Eduardo Ferreira
Enviado por Luiz Eduardo Ferreira em 26/06/2016
Reeditado em 10/03/2021
Código do texto: T5679354
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.