Vi tudo pequeno

Nesses tempos onde chove,

Percebo a cor da pele

A boca de Love,

Ele na minha pele,

Quando comove...

Sinto o tom da cidade,

Lá do alto, quando há um salto...

Dos morros da cidade,

Penso em minha vaidade,

Tudo invade sem alarde.

Hoje no sereno pude contemplar

Como tudo é pequeno,

Desde as coisas que se movem

Ao próprio sereno, ao ser pequeno.

E vai movendo,

Essa vida lânguida,

Se embaralha entre as cartas e as caras,

Líquida fluídica se movendo,

Aqueles que estão crendo,

São estes que vão vendo

O rosto lindo da vida, a praga, o veneno.

Mas hoje, a lua testemunhou ao longo da vida.

Vi tudo pequeno,

Tanto a mim, tanto a noite, as casas do alto,

O suor, a lua e o sereno.

Vi tudo pequeno.