SEM AMANHÃ

O futuro, a partir de hoje

é algo que não terá;

a certeza está nos dedos

que apontam pra você

e irredutíveis

a te sentenciar

quando decidem unânimes

que você deve morrer.

Questionaram sua mente

e vão lhe tirar a alma

E que estranhamente

você não perde a calma.

Você se ajoelha,

eleva as mãos aos céus

e pede perdão,

ontem era rei

e hoje você é réu

julgado à condenação

por tudo que você fez

e deve pagar o preço

de ter de morrer outra vez.

Paulo Cezar Pereira
Enviado por Paulo Cezar Pereira em 27/06/2016
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