Moeda

É impossível que esta moeda seja uma moeda.

Pela luz que reflecte, o seu verbo.

Do seu peso uma existência.

A dança do seu rodopio na mesa plana,

A minha vida brilhando numa lágrima pingada.

O seu som ensurdecedor da volúpia do movimento,

Os actos que me queimam,

Esta moeda da minha vida trocada,

Não sairá do meu bolso das certezas,

A minha prova

No deve e haver da memória,

Faz-se em dinheiro a tristeza

Eu e a quase aurora.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 17/07/2007
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