Preciso ir

Nossos corpos se fundiram

O único som audível era o de nossa respiração

Em minha boca o teu gosto,

O teu suor percorria o meu corpo

Em teus olhos a chama do pecado

Que faiscava como quem ardia de desejo

Eu sempre soube que deveria sair após saciar-nos

Eu jamais deveria ter permanecido

Sair sem alarde, sem tirar nada do lugar

E voltar quando conveniente

Mas, sem permanências

Esse era o plano

Mas ficou o cheiro

Ficou a lembrança latente na memória

Também ficou o desejo, que reclamava de vez em quando

E aconteceu de novo...

E de novo...

E eu senti que precisava ir...

Antes que perdesse o domínio sobre mim...

E foi aí que eu acordei

Assustada e aliviada

Era só mais um sonho de uma noite de inverno

Dentre as tantas outras que haverão de vir

Entretanto, eu ainda sinto:

Preciso ir!

Mariany Mendes
Enviado por Mariany Mendes em 16/07/2016
Reeditado em 17/07/2016
Código do texto: T5699849
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