O Poeta e o Passarinho em uma Manhã Álgida de Domingo

O domingo amanheceu álgido

mas o céu era de azul índigo

sarapintado de nuvens albugíneas

que refulgiam aos raios solares

que ainda surgiam canhestros

a desorvalharem as flores multifárias

com suas cores variegadas e olores

que invadiam a atmosfera matinal

e, nas folhagens algumas gotas de aljôfar

para embeber a sede do passarinho

que bateu asas para poder cantar,

que bateu asas e abandonou seu ninho

e, nesse canto uma harmonia maviosa

fez o poeta despertar e admirar

e, com seus versos papalvos e incautos

fez-se também passarinho para duetar

com o bichinho de facetas multicores;

foram os dois pela manhã a versejar,

foram os dois pela manhã a revoar

todos os cimos e todos os sonhos

até poderem tornarem-se um só.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 17/07/2016
Código do texto: T5700179
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