Formas de amar

Na proa do barco

No mar de Minas

O vento atravessa o rosto

Meu e nosso

De uma forma

Re forma

Vinda da decisão

Canção que cinge

Também cinde

Eu em nós

A desatar a mente

E tudo o que mente não ser

A meter-se em mim

Poema

Descarte das métricas tralhas

Desforre de cama

Pintura de janelas

E telhas abertas

Ainda que chuva

Rio e lago a nus encharcar

Do azul que leva

Aos Canyons no jardim

Do Éden e nosso

Sem pecado

Só pimenteiras

Vermelhas e ardentes

A morder o ar

E os pés caminhando nas águas

Translúcidas

Guardadas de rochedos

Fortes que só amor.