No divã II
Temo que perca de vez a sanidade
e no divã confesse meus pecados
e o pesadelo seja a realidade
e a realidade sonhos não sonhados...
Sinto-me náufrago no meio da cidade
de tão vazio que sou - fico calado
porque não sei mentir nem a verdade
de não saber quem sou - fardo pesado!
Perdi lembranças sim, mas não a dor
de um mal que nem faz parte da memória
mas dói de um jeito insano e assustador!
É triste não viver a própria história
e ser apenas um espectador
sentado no divã - ó vida inglória!