Me olha
Quando me olhares ,não me olhes assim , como me vêem os outros.
Contempla a minha alma que é bela e cheira à flor.
Vislumbra minha aura que é clara e alva .
Meu semblante tão sereno, uma tempestade no mar, É só para disfarçar,lá no fundo há calmaria em algum lugar.
Não me conheças assim ,como os outros. Se aprofunda em mim ,mergulha na minha alma.
Saibas ... Minha lágrima é uma estrela, que cai some e vai embora. O meu firmamento é negro como o vazio, ainda na aurora.
Minha face traz disfarces,mas a alma é pura , o sorriso de uma mãe que deu à luz.
Não se engane ,em meu ser há um recôndito, daqueles esquecidos ,sossegados ,ainda que minha face traga disfarces.
Meu rebento é assim... É bem distante , custa um pouco a se chegar, alguns disfarces a caminho, tens que ir devagarinho ,assim bem de mansinho ,para as águas não movimentar e uma tormenta despertar.
Sou nada além de um rio,tranquilo e calmo ,doce e sereno,mas tenho em mim enorme cachoeira , É bom pra se banhar e mais ainda de se afogar.