Abismo inconfesso
Faces conhecidas misturam-se a tantas outras
No borrão dos arredores
E caminho sorrateira e esquiva
Sob o peso da noite escura
Lá estão os fantasmas
Pálidos e bárbaros
Calando os gritos dos medos
E o apelo dos verbos
Lá estão eles
Aterrorizando os afetos
Irrompendo o pranto no qual me afogo
E afundo rumo ao inferno
Esse que me observa
Delírios internos
Abismo inconfesso