Soneto - Dionísio e Apolo, e suas respectivas esposas!
Enquanto teu belo corpo escorre suor no leito da vida
Meu corpo goza horrores,
Ejacula paixões
Loucos amores ditos em vão.
Enquanto tuas mãos se rendiam ao meu pescoço
Eu me desconsertava por inteiro
Abrigava-me em teu ombro
E não desequilibrava em tuas curvas.
Toque suave e pesado do teu dedo
Em cada parte do meu corpo
Se deslizando, preenchendo espaços que faltava.
O cálice de vinho juntos bebíamos
Tentávamo-nos ver ao espelho, e vimos um mundo obcecado.
E logo após, dormíamos para despertar em um futuro distante!
(Carlos André)