Fúria Ambiental
Meu corpo aberto
Espirrando sangue preto
Futuro incerto
De quem sempre te deu leito.
Meu sangue derramado
Minhas veias poluídas
Coração esfaqueado
Entradas obstruídas.
Minha paisagem opaca
Minhas narinas fumarentas
À zero volta a minha estaca
Em meu seio tu ostentas.
Maldita tecnologia
De quem tiras teu sustento
Dentro em mim causa orgia
E acaba o pensamento.
Teus inventos permanecem
Mas, vou-me embora
Teus irmãos aqui padecem
E tu não voltas mais outrora.
Em meu túmulo escrevas
Sobre minha vida esquecida
Tua vida a mim deveras
E agora sou falecida.