Fúria Ambiental

Meu corpo aberto

Espirrando sangue preto

Futuro incerto

De quem sempre te deu leito.

Meu sangue derramado

Minhas veias poluídas

Coração esfaqueado

Entradas obstruídas.

Minha paisagem opaca

Minhas narinas fumarentas

À zero volta a minha estaca

Em meu seio tu ostentas.

Maldita tecnologia

De quem tiras teu sustento

Dentro em mim causa orgia

E acaba o pensamento.

Teus inventos permanecem

Mas, vou-me embora

Teus irmãos aqui padecem

E tu não voltas mais outrora.

Em meu túmulo escrevas

Sobre minha vida esquecida

Tua vida a mim deveras

E agora sou falecida.

Jucarvalho
Enviado por Jucarvalho em 20/07/2007
Código do texto: T572587