A expansão da palavra

Como no Big Bang,

apenas uma ignição.

Uma centelha tremenda,

fazendo palavras de palavras,

corpo, alma, coração.

Calor que se perde nas telhas,

chama que arde em pavio.

Do eco se urdem as construções,

os homens juntam os verbos,

dos livros os sonhos estabelecem governos

muito para além do tempo.

Neste eterno efémero nos prendemos

aos barcos,

Pirogas que se estendem aos milhões

nos braços dos rios.

Do mar se sabe tudo,

que a falda da vela já voa há tanto.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 20/07/2007
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