A VISÃO DA CEGUEIRA.

Desculpem-me se não lhes vejo,

Esse não é meu desejo,

É que me está faltando visão,

Importante é a percepção,

Da alma distante que ensejo,

Aconchegou-se em lugarejo,

Próximo ao aluvião.

Lá se encontram flores,

Onde se ofertam amores,

Cidade de imensa alegria,

A renovação é perfeita,

Sonhos delirantes, afeita,

À amplitude da energia.

E eu, imerso na saudade,

Dos tempos da puberdade,

Época de imenso prazer,

Hoje, visão no descaminho,

Mas, apurado como vinho,

Sigo cego por viver.

Por' O Cara de Lua.

Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 22/08/2016
Reeditado em 17/02/2017
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