É TERNA

Mão sua que me deixa

Suave pelas horas

Toca a sina por mim

Que sou, quando me adora,

O som que vem depois, ao fim

Dessas carícias mornas

A sós, assim.

Sem toda essa doçura

Dos seus lábios somente

São, todas as loucuras,

Amargas, aparentes,

Não valem a poesia

Que faço ternamente.