Aviso: Veneno lançado

Em uma noite
Em um passeio entre os homens
A Hipócrases, com assombro reconhece,
Um jovem casal, docemente enlaçados.
Atingidos pela aljava de Cúpido,
Eles se amam com tal intensidade
Que ferem os brios da hedionda
E a louca se lança a nova guerra.
Irá, novamente, destruir o amor.
Mas como?
E recorre a sua arma mais sutil
E não menos mortal que qualquer outra
Usa o veneno que destrói qualquer amor.
Sem pena do casal,
Ela lhes destila grande quantidade,
De Ciúmes...
O jovem casal desprevenido,
Toma a taça com sofreguidão
E passam daí em diante
A se acusar mutuamente
A desconfiar de todos e de si mesmos
E então quebram a aljava de Cupido
E o pobre cupido ainda chora
Pois lançou sua aljava com tanto amor...
E nesse instante,
(eu o soube a pouco)
A Hipócrases passeia triunfante,
A despejar esse veneno contra os mortais.
E eu, te passo essa mensagem urgente:
-Não se deixe apanhar... Pelo veneno,
Do ciúme, por que será mortal;
Ao doce amor, que cupido te inspirou!


Silvia Fedorowicz
A “Camaleoa”