Luz dos nossos olhos
Fez-se a luz,
Desde então, tudo está a vista;
Sonhos e materilidades.
Nossos corpos reluzentes besuntados de infinitos,
De quereres, seres e não-seres;
Abstrações num dia qualquer.
Nossas almas, rebrilhando, transbordam a eternidade.
De dentro pra fora, exsudam infinitos desejos.
E a luz veio até nós,
Ofuscou-nos a vista;
Feriu nossa pele,
Tornou-a tênue.
Mas, a luz se dissipou,
Deixou-nos cegos, tateando no escuro,
Em busca da luz que não mais nos habita.
Vagamos, desde então, no breu:
O denso, modorrento e pesado breu.
Buscamos a luz dos nossos olhos;
Clarividência das eras;
A iluminação!