Calçada de Pedrinhas

A calçada de pedrinhas portuguesas

na qual passamos

estava umedecida quando voltamos

e não havia sinal de chuva nas redondezas

Dir-se-ía que o pranto transbordou

não dos meus olhos, nem dos teus

mas do anjo que docilmente nos amparou

rendido quando insinuamos triste adeus

Agora, à hora em que sol declina

para o soberano repouso por trás do morro,

nuvens brandas andejam acima

de nossas mentes serenadas pelo seu socorro

Um clarão de prata irrompe no horizonte

na linha que subscreve mar e céu

esperamos que a lua o ninho nos aponte

ao desfilar no estrelado e cerúleo véu...

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 14/09/2016
Código do texto: T5760650
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