Calçada de Pedrinhas
A calçada de pedrinhas portuguesas
na qual passamos
estava umedecida quando voltamos
e não havia sinal de chuva nas redondezas
Dir-se-ía que o pranto transbordou
não dos meus olhos, nem dos teus
mas do anjo que docilmente nos amparou
rendido quando insinuamos triste adeus
Agora, à hora em que sol declina
para o soberano repouso por trás do morro,
nuvens brandas andejam acima
de nossas mentes serenadas pelo seu socorro
Um clarão de prata irrompe no horizonte
na linha que subscreve mar e céu
esperamos que a lua o ninho nos aponte
ao desfilar no estrelado e cerúleo véu...