SEXTA-FEIRA
À mesa de um bar,
Com bêbados amigos,
A conversa lhes digo,
Nem sempre é salutar.
Ausente mulher da gente,
Mentiras correm a solto,
O tímido vira desenvolto
E o papo segue fluente.
De tudo fala-se um pouco:
Política, futebol, sacanagem...
Não há censura à linguagem,
Nem coerência, tampouco.
Até o álcool se impor,
Pra beber não há freio,
Mas acaba logo o recreio
Se alguém vira cantor.
Na hora do rateio,
Conferir consumo,
Pôr-se em prumo,
Apesar do desnorteio
É tarefa capaz de levar
A qualquer um desespero.
E dizer não é exagero,
Que tocando o celular,
É bom logo se despedir,
Se da esposa o chamado,
Pois só o descasado,
Permite-se prosseguir.
Como casado estou,
É hora de ir parando.
Ela está me esperando,
Por isso já me vou.
Hoje é sexta e eu sei bem,
Tem programa engatilhado,
Que não seja ao cunhado
Visita, porque não me convém.
Tchau, amigos!!!!