SEXTA-FEIRA

À mesa de um bar,

Com bêbados amigos,

A conversa lhes digo,

Nem sempre é salutar.

Ausente mulher da gente,

Mentiras correm a solto,

O tímido vira desenvolto

E o papo segue fluente.

De tudo fala-se um pouco:

Política, futebol, sacanagem...

Não há censura à linguagem,

Nem coerência, tampouco.

Até o álcool se impor,

Pra beber não há freio,

Mas acaba logo o recreio

Se alguém vira cantor.

Na hora do rateio,

Conferir consumo,

Pôr-se em prumo,

Apesar do desnorteio

É tarefa capaz de levar

A qualquer um desespero.

E dizer não é exagero,

Que tocando o celular,

É bom logo se despedir,

Se da esposa o chamado,

Pois só o descasado,

Permite-se prosseguir.

Como casado estou,

É hora de ir parando.

Ela está me esperando,

Por isso já me vou.

Hoje é sexta e eu sei bem,

Tem programa engatilhado,

Que não seja ao cunhado

Visita, porque não me convém.

Tchau, amigos!!!!

Hegler Horta
Enviado por Hegler Horta em 16/09/2016
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