ESTORVO

O que sobrou é meio sem nome,

Um pequeno verme ambicioso.

Tudo que era fé nas coisas

está submerso no esquecimento.

Então não se ensina a memória

a quem fabrica vitimismo.

Uma lástima, toda a história.

Horas que se passam antes do chá,

e uma eternidade morna, até o dia clarear.

Sai tudo do esquadro porque viver é assim...

não tem razão, nem efeito nem glória.

Em meio a todos, ainda um esquecerá.

E cerrada nas pálpebras, a visão específica,

nunca houve, nem nunca mais haverá.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 19/09/2016
Código do texto: T5765910
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.