ESTORVO
O que sobrou é meio sem nome,
Um pequeno verme ambicioso.
Tudo que era fé nas coisas
está submerso no esquecimento.
Então não se ensina a memória
a quem fabrica vitimismo.
Uma lástima, toda a história.
Horas que se passam antes do chá,
e uma eternidade morna, até o dia clarear.
Sai tudo do esquadro porque viver é assim...
não tem razão, nem efeito nem glória.
Em meio a todos, ainda um esquecerá.
E cerrada nas pálpebras, a visão específica,
nunca houve, nem nunca mais haverá.