COMO CHUVA DE VERÃO
Às vezes trovejo e relampeio,
Mas é como fogo fátuo,
Que mal se inflama, já desvanece.
E minha bonança não tarda,
Porque a chuva que esparjo
Nunca é demasiada ou devastadora,
Senão benfazeja, criadeira,
Daquelas que alimentam a cachoeira
E fazem brotar um pé de flor.
Como bem lembrou e declamou,
Nos anos de minha adolescência,
O trovador Beto Guedes.