Hummm...
passo a língua pelo adocicado
adormecido nos meus lábios
do amor que ontem se fez à sós
lambo a fissura que na carne dói
pra curar a mordida de amor
que a distância distraída fez em nós
a mesma xícara sem sono
oferece-me o primeiro café da manhã
bocejando à espera da boca ainda cálida
desmanchada em beijos mornos
os que não deu tempo
de guardar no corpo seu
desse gosto que trago embebida a língua
junto cheiros e pelos arrepiados
lembrança nova de nós
que percorre a pele
enquanto a noite míngua