2o Poema de Íris

Do fumo celeste

diviso o cerrado

diviso telhados

em que corações abrigados

sepulcram silêncios

Os jardins e as árvores

paredes de barro

janelas azuis

o cheiro da terra

suor e cobiça

labuta e preguiça

janelas secretas

Um mundo guardado

na penteadeira

De fronte ao espelho

um olhar perdido divaga

Entre sulcos e marcas

um rosto esquecido

conserva lembranças

sorrisos e gozos

Onde o negrume virou prata

e o castanho, cinza

a paixão contudo bem guardada

ainda é centelha

O tempo passou

mas ela não

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O Espelho
Enviado por O Espelho em 24/07/2007
Código do texto: T578031
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