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“Dónde está el niño que yo fui,

Sigue adentro de mí o se fue?”

PABLO NERUDA

Aquele lugar inóspito:

Amável, maldito,

Esquecido na infância.

Perdido para o homem

Crescido.

Nas escadas escuras,

Cheias de pó,

A saudade da vida do corpo,

Da vida de menino,

Da vida um pouco coisa

Que era boba e boa,

Da verdade desconhecida.

A cabeça dói,

O suor é a única verdade.

Caminho no escuro e sonho.

Sonho a beleza materna,

Sonho a inocência do amor

E realizo a impotência humana.

A criança que criava liberdades

Condenada a uma vida de papel.

Inebriada pelo orgulho de não ser um rato...

Como tantos outros.