Doce de gente
A filha que não tive
se chamaria
Maria.
Ela teria a pele branca
feito a lua
e os cabelos cor de terra
feito os meus.
Seus olhos me olhariam
docemente.
Maria
seria um doce de gente.
Mas Maria não se fez.
Melhor.
Assim a imagino. Sempre.
Sempre
e outra e outra vez.