É!

É, hoje é aquele meu dia de sorte!

Mas te escrevo pela falta do teu bom dia pela manhã e de dizer “hoje é meu dia de sorte”.

É que ando um tanto descabelada, um tanto drogada com esses remédios que prometem afastar o sentimento da solidão que me deixastes ao partir.

Levaste embora meus lábios de mel vermelho,

Levaste embora meu sorriso acalanto e roubaste meus cabelos loiros.

De fato eu poderia escrever mil enredos para o amor que vivemos, mas só um seria de fato o nosso: nós.

É, de fato não há um só dia que não pense em você, e que não escute a sua voz chamando meu nome tão suave.

Naquele dia no estacionamento numa tarde de quarta-feira,

a imagem do teu sorriso me veio à mente e eu tão de leve sorri junto. Era aquele sorriso que você dava quando achava muito engraçado algumas das minhas peripécias, o teu sorriso único.

É, de fato como diz a música,

hoje quem me vê na fila do pão sabe que sinto tua falta.

Que não tenho mais teus olhos cor de mel esverdeados a me rodear por entre abraços.

Não tenho mais teus braços acolhedores de choros e carícias.

É, naquele domingo limpei os objetos da estante e cada um continha um fragmento teu do passado mas que ainda hesita em estar tão presente em mim.

Te derramei uma lágrima sutilmente de saudade.

É, os lençóis da nossa cama ainda nos lembra,

assim como nos travesseiros teu cheiro está impregnado como jasmim.

É, e eu queria escrever-te, mas de fato acabasse com as razões do amor que tínhamos.

E agora resta a falta tua.

E quem sabe um dia tu não leia e volte pra mim.

É, de fato eu queria apenas te ligar para falar qualquer bobagem só pra ouvir tua voz,

Porém te foste e levaste parte de mim contigo e não sei mais onde resgatar.

É, hoje é apenas mais um dia de sorte meu sem ti.

Marinara Sena

13/10/2016

16:55

Marinara Sena
Enviado por Marinara Sena em 13/10/2016
Reeditado em 13/10/2016
Código do texto: T5790626
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