Ao Cair da Tarde
Enquanto você esbraveja
Os teus olhos fixos
Deixam cair lágrimas,
Enquanto você sofre de pretensa dor,
O tempo não escolhe momento e se vai
Sem perguntar pelo sentimento, que entre nós se formou.
Em meu silêncio quieto,
Em meu erro descoberto,
Diante da vergonha
Não tenho muito a dizer,
Pois que perder o teu amor
Pois que perder você...
É a condenação eterna de um homem
Numa vida apagada.
Enquanto você enlouquece,
Frio, ante a janela, o meu coração parece parar de bater.
O mundo ao redor se fundiu com o inesperado.
Tudo passa de frente ou de lado, não consigo compreender.
Tudo fica cinza, tudo parece absurdo.
Agora sim, sou capaz de morrer.
Morrer de um sofrimento,
Morrer aos poucos, por não entender, amar você.
Não é a dor,
Não é o palor das tuas palavras,
Mas o amanhecer sem nunca mais poder te ver.
É ter que amargar uma vida falida, ou quem sabe ter,
Um tratamento vulgar.
Apenas ser um vazio, é nunca mais poder amar.