Ao Cair da Tarde

Enquanto você esbraveja

Os teus olhos fixos

Deixam cair lágrimas,

Enquanto você sofre de pretensa dor,

O tempo não escolhe momento e se vai

Sem perguntar pelo sentimento, que entre nós se formou.

Em meu silêncio quieto,

Em meu erro descoberto,

Diante da vergonha

Não tenho muito a dizer,

Pois que perder o teu amor

Pois que perder você...

É a condenação eterna de um homem

Numa vida apagada.

Enquanto você enlouquece,

Frio, ante a janela, o meu coração parece parar de bater.

O mundo ao redor se fundiu com o inesperado.

Tudo passa de frente ou de lado, não consigo compreender.

Tudo fica cinza, tudo parece absurdo.

Agora sim, sou capaz de morrer.

Morrer de um sofrimento,

Morrer aos poucos, por não entender, amar você.

Não é a dor,

Não é o palor das tuas palavras,

Mas o amanhecer sem nunca mais poder te ver.

É ter que amargar uma vida falida, ou quem sabe ter,

Um tratamento vulgar.

Apenas ser um vazio, é nunca mais poder amar.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 25/07/2007
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