Choveria Meteoros

Hoje o tempo disse que choveria meteoros,

e que eu poderia sentir tua luz sob qualquer estrela do céu.

Você poderia vir comigo,

fechar os olhos e deitar na grama como num filme americano.

Tomar aquele tradicional chá chinês que tanto degustas,

e de mãos dadas apreciar o amor, talvez.

Viajar pela galáxia como nos filmes do Thor, quem sabe.

Este,

denominado amor,

que as vezes dói.

Minto, as vezes não, sempre dói.

Machuca mais que bigorna,

faz chorar mais que em romances urbanos de Hollywood.

Você poderia não ser o dono de tal apelo,

e meus versos poderiam não ser dedicados a ti.

Apenas por instantes ou eternos instantes,

deixastes tuas lembranças em minhas memórias,

tão assim, como nesse dia de chuva de meteoros,

e nem deu tempo compor qualquer canção no meu novo clarinete.

A noite está acesa, porém minha alma escura.

Levaste embora minha luz com o amor sombrio que me destes.

Dizem por aí que o tempo leva embora qualquer que seja dor,

mas tempo é tão incerto quanto o teu amor foi a mim.

Hoje verei meteoros sozinha a pensar em ti,

e irei compor uma canção que seria nossa, deixarei a partitura guardada por entrelinhas de qualquer estrela.

Mas saiba querido,

que se um dia ela te deixar, teu espaço no meu coração estará guardado.

Cuidarei de manter teu sorriso aceso e tratarei de fazer teus olhos brilharem como meteoros.

Te prometo fazer tudo diferente do que me fizeste: magoar-me

Porém, prometo que te perdoarei e viajaremos pro norte, pra tu avistar as cores da aurora boreal que existe no amor que por tanto tempo desprezastes e que eu por tanto tempo hei de guardar.

Irei também contar nossa história em forma de partitura.

Hoje chove meteoros e te escrevo um poema sem sal junto uma canção barata,

do qual não sei o nome.

E eu não deveria descrever e compor tal lamúria.

Apenas sei que hoje não choverá meteoros sem você junto ao meu ser.

Apagastes meu céu.

Marinara Sena

21/10/2016

01:29 am