chamai o poeta

Construir, refazer, montar!

Chamai o poeta, é necessário esquecer os nomes,

E acreditar que tudo não passa de interpretação!

Texto cheio de forma!

Como jugar um amor por uma dose, triste isso,

Todo amor, é bêbado.

Construir,

Quem soube fala de Salgadinho sem rouba a cidade!

Construir,

Minha geração não lembram os poetas, os artistas os apaixonados,

E ainda pari filhos, violentos,

Construir...

Numa parte do muro é minha felicidade a outra parte é eu ajudando a subir esse murro,

Se pendura,

Cair, todos caí desde cedo!

Refazer...

Como aprendemos nada,

E nossas palavras contradizem tanta gente,

Refazer a Cidade,

Refazer a família,

Refazer os amigos,

Mas o poeta pensa que bêbado é mais humano...

Montar,

Um verso que não me envergonhe!

Um homem que não me envergonhe!

Um poeta, esse sim, carrega alma...

Mas o esqueleto teima a carrega um relógio,

Bendito seria se esse relógio estivesse quebrado!

Construir...

Nem construir uma família,

Nem construir um livro,

Nem construir eu mesmo!

Sina triste.

Refazer,

Um coração que não quebra,

Uma cidade!

Um poeta,

Um amigo,

Eu sei os meus pecados.

Montar...um amor caduco,

Montar esse fogo bruto,

Montar, um sentido lucido,

De vicio e vomito,

Do que somos,

Carne,

Espirito.

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 23/10/2016
Reeditado em 29/09/2019
Código do texto: T5800273
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.