Em Silêncio
Ao meio dia,
Sob um céu azul
Fui te procurar para curtir o teu olhar.
Mas tudo estava escuro,
Inesperadamente cresceu um muro.
Não havia ninguém ali.
O teu silêncio me dizia algo,
Enquanto eu sofria,
Enquanto eu morria.
Foi ai que lembrei, quantas vezes você também morreu.
Mesmo assim, a gente não enxerga direito,
Só vê o defeito, que alguém pode contrair.
A minha alma está fechada
Atrás das grades,
Atrás das paredes,
Sob as placas de advertência.
Não adianta mentir,
Não adianta medir...
Você me disse, que queria viver e
Precisa de alguém para ter a onde ir.
Essa dor,
Essa cor...É ciúme sim.
É loucura exigir.
Você não é minha
Bem como não sou de você.
Talvez eu seja um vazio,
Um anjo negro,
Quando penso só em mim.
Você um dia tem que seguir
E eu se não quiser ficar sem rumo
Me decidir.
Tudo está sossegado,
Há tantos corpos do lado
A me repetir...
Você nunca me pertenceu.
Eu preciso dizer ao menos uma vez,
Quanto vale falar com a vida e dizer, que você hoje sou eu.
E que eu já sou dependente de ti.