Amor recolhido

De ilhas desertas, é feito

O coração do homem

Que nunca amou.

Nestas ilhas não nascem flores,

Não proliferam pássaros,

Nada existe que não seja

Solidão.

O coração do homem que não ama,

É ocupado por tédio

E desesperança.

Os dias atropelam outros dias

E nada muda de lugar.

A esperança não germina

Tudo é desolação.

Cabeça baixa, ombros encolhidos

O amor recolhido é frágil,

Feito bolhas de sabão.