Silêncio

O Silêncio tirano exclui meus risos quando estes não poderiam fazer parte de tudo o que posso adquirir com as visões que me vem de dentro da solidão de hoje

O oculto e o ocultismo chegam quando as palavras calam

E minha morte é quase vista em suas tolices.

Quão tola é a morte quando a vida sobrepõe-se num grito que ecoa.

Vãos de escadas - mais pareço.

O silêncio é o peso abstrato que mais pesa em minhas costas doídas,

E ainda assim os olhos me fecham e rio de mim,

Solitariamente rio do fim que acaba sem começo!

E sorvo o café enquanto observo a peça de louça branca na mesa vazia.

Não vá medir-me a distancia!

Calcule o tamanho imenso da sóbria embriaguez

Que me açoita no início da noite

Quando olho a vida com cara de quem a conhece em sua plenitude...

Quanta tolice!

Diante do tirano silêncio dobramos nossos joelhos

E vimo-nos cair em prantos...

Já não é hora de dormirmos?

O silêncio mata os sonhos.

E enquanto dormimos o sentimos falar, falar, falar...

05/07/2006

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 27/10/2016
Código do texto: T5805097
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