Floreaste
Eu era terra seca no horizonte a penar
Tu eras fria onda no litoral a dançar
Eu era o bramido selvagem nos montes
Tu eras a corça a fugir pelos bosques
Tu eras a curva, a silhueta e o contorno
Eu era a miragem de um fim sem retorno
Então retorno e contorno e de tudo um pouco
As vezes mudo de pouco falar
As vezes rouco de tanto cantar
Horas mudo pr'outras direções
Horas trovejo e mil estações.
Tu eras, eu era, nós somos.