Finge a dor, eu canto

O ser humano é um bom fingidor.

Finge não sentir quando se corrói.

Finge amor onde não há.

O ser humano não se explica,

Se camufla, se guarda n'algum canto,

D'algum cômodo escuro qualquer.

E do pranto faz-se o canto.

E de canto em canto, nasce o encanto.

São Paulo, o primeiro deste novembro.

Madrugada, 2016.

Fernanda Hanna
Enviado por Fernanda Hanna em 01/11/2016
Código do texto: T5809323
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