A angústia do poeta é o nascer da poesia
Que grande angústia esta do poeta
Em querer tanto escrever e à tona
Não vir visitar-lhe uma palavra sequer
E ele cai, como o boxeador, na lona.
Enquanto angustia-se em sua espera
O poeta não vê submersas as palavras
No profundo abismo da razão que venera
Aguardando o resgate para vir à Luz.
Do poeta, a craniana caixa começa a doer
E frente ao dolorido encefálico inchaço,
Desiste, finalmente, de escrever.
Quando, enfim, lágrimas lhe banham a face
Vem-lhe o consolo que tanto queria,
Pois é só do sentimento que nasce a Poesia!
Cícero - 03-11-2016