A angústia do poeta é o nascer da poesia

Que grande angústia esta do poeta

Em querer tanto escrever e à tona

Não vir visitar-lhe uma palavra sequer

E ele cai, como o boxeador, na lona.

Enquanto angustia-se em sua espera

O poeta não vê submersas as palavras

No profundo abismo da razão que venera

Aguardando o resgate para vir à Luz.

Do poeta, a craniana caixa começa a doer

E frente ao dolorido encefálico inchaço,

Desiste, finalmente, de escrever.

Quando, enfim, lágrimas lhe banham a face

Vem-lhe o consolo que tanto queria,

Pois é só do sentimento que nasce a Poesia!

Cícero - 03-11-2016

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 03/11/2016
Reeditado em 04/11/2016
Código do texto: T5812070
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.