Vidas Mortas

É chegada a hora de acordar.

Olhos abertos e investigativos resvalam no teto de madeira em cor castanha

Onde estou?

Onde estive ?

Vivi cativa no quarto cinzento e nublado com a névoa que sempre chega mansamente,

E soma nossas vidas dançando na fumaça que vem do cinzeiro enquanto nossos pensamentos sacodem a vidraça e têm o brilho pálido do adeus.

Falo a mim nas horas seguintes que

Se os anéis já estão a rolar no fundo do rio sem terem sido moldados em prata posso entender o fim

Do caminho

Do que seria

De tudo

Do que morre

Morre vagarosamente

Estou muda e meu ollhos mostram ao meu momento uma alegria quase triste que por um fio se salva de uma morte em vida.

25/08/2016

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 03/11/2016
Código do texto: T5812166
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