A Musa da tarde

Quando bates a porta

É impossível negar.

Ao sentir os teus olhos pousarem em mim,

Não há como resistir...

O teu cheiro,

A tua fome, os teus seios...

Os teus beijos são caminhos fatais.

O pecado em ti, na hora de nós tem outro nome,

O teu prazer, em mim é fundamental...

É um vício infernal,

Uma procura sem tempo,

Uma dependência de vidas,

Uma sensação sem igual.

Se um dia imaginares seguir a sós,

Se esse dia chegar realmente,

Eu vou sangrar,

Vou beber o amargo dos dias

Em que a tristeza, em seu lugar vier me visitar.

Estamos no julgo da sociedade,

Mas não temos maldades,

Queremos só o amor para amar.

Então não temas,

Não chores,

Tão pouco sinta saudades,

Sempre estarei ao teu lado, ainda que não consigas enxergar.

Eu, apesar de na vida ser andrajo, não desposarei a dor,

Não enviuvarei os sentimentos, que tanto me dão vida

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 27/07/2007
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