vivas brasas

o poema: esguicho de sangue

andar sobre o patamar depois

de um treino exaustivo, fechar

de verniz a noite que, embaixo,

conta pouco de seus movimentos,

o sol despachado de sua jornada

é jornada em outra face, a espera bruta

nenhum bosque de alegria, somente

o candura das lembranças, a ultima

peça de uma orgia escancarada,

ferida reprisada, o mundo é tão

grande, de que adianta tanto tamanho

se o resto é tão mesquinho, amar

em águas bravas, peixes infernais

soletram viagens incomunicáveis,

que nos saltam o coração em vivas brasas

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 12/11/2016
Código do texto: T5821545
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