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Ruas atravancadas,
ritmos acelerados,
vidas agitadas
agigantam-se em nós.
Natureza morta,
agonizante de dias cruéis,
suplica atenção.
Pessoas robóticas
fazem tudo igual
no amor desigual,
num atemporal vendaval.
Lágrimas de lata
inundam rostos idênticos,
sem expressão...sem emoção.
Corpos em série, perfilados
esperando o instante de acordar
em atitude redentora,
liberta em oração.
Mentes acondicionadas
em freezers gigantes
pulsam (lentamente)
à espera da ordem para pensar.
Comandos monótonos
repetem a história,
a lida, a vida...
Saberes desperdiçados
por falta de motivação.
Cidadão apressado
andando na contramão,
enquanto os olhos da noite
não param de cintilar.