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Ruas atravancadas,

ritmos acelerados,

vidas agitadas

agigantam-se em nós.

Natureza morta,

agonizante de dias cruéis,

suplica atenção.

Pessoas robóticas

fazem tudo igual

no amor desigual,

num atemporal vendaval.

Lágrimas de lata

inundam rostos idênticos,

sem expressão...sem emoção.

Corpos em série, perfilados

esperando o instante de acordar

em atitude redentora,

liberta em oração.

Mentes acondicionadas

em freezers gigantes

pulsam (lentamente)

à espera da ordem para pensar.

Comandos monótonos

repetem a história,

a lida, a vida...

Saberes desperdiçados

por falta de motivação.

Cidadão apressado

andando na contramão,

enquanto os olhos da noite

não param de cintilar.

Cláudia Duarte
Enviado por Cláudia Duarte em 13/11/2016
Código do texto: T5822314
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